Pessoal

Cláudio Brandão nasceu em Curitiba, em 23 de Maio de 1956. Mudou-se para a capital catarinense aos dois anos. Aos nove ganhou uma Rio 400, a primeira máquina da KODAK fabricada no Brasil. A engenhosidade do presente e, mais tarde, um núcleo que começava a dar vida à fotografia em Santa Catarina,  expandiram seu interesse pela imagem. 

Formou-se em Engenharia e na década de 80 ingressou no universo da Fotografia Publicitária, realizando trabalhos para grandes agências de publicidade, recebendo importantes prêmios nessa área. Seus trabalhos pessoais foram expostos diversas vezes, no Brasil e no exterior. Foi professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) por mais de duas décadas e desde 2001 faz parte do Departamento de Design do Centro de Artes (CEART) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). 

A fotografia de Cláudio Brandão busca chamar a atenção do espectador para o espaço em transformação: não organizado, autofágico, descartado. Transita entre dois temas clássicos da fotografia – a memória e morte. Seus primeiros trabalhos pessoais retratam uma parte da história de Santa Catarina e, especialmente, da cidade de Florianópolis. Paisagens, arquitetura, festejos populares e personagens se conectam de forma a iluminar uma Florianópolis que – diz-se – não existe mais,   procurando mostrar  que cidade era esta,  que hoje forja laços com novos espaços, novas línguas e novas culturas. Os ensaios desenvolvidos na antiga fábrica Hoepcke, tema desta exposição,  mostram que a disposição em dissecar o novo contexto e manter viva a memória da cidade continuam presentes.